Editorial dossiê “Sistemas processuais penais e imparcialidade judicial”: Imparcialidade e prova no processo penal – reflexos sobre a iniciativa probatória do juiz

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22197/rbdpp.v4i2.169

Palavras-chave:

imparcialidade judicial, independência, prova, processo penal, sistemas processuais, sistema acusatório, modelo contraditório, sistema adversarial.

Resumo

O objetivo deste trabalho é esclarecer a relação entre o princípio da imparcialidade e o papel do juiz no julgamento no que diz respeito à prova. Em outras palavras, se reconhecer algumas faculdades ao julgador na produção probatória viola a garantia da imparcialidade. Se questionará se a garantia da imparcialidade requer a absoluta passividade do juiz no desenvolvimento do debate contraditório ou se, pelo contrário, se trata de uma exigência derivada de uma determinada concepção do modelo contraditório. As respostas que apresentaremos a tais questões incidirão diretamente na valoração da posição do julgado em relação à prática da prova, se ela deve ser excluída ou limitada, ou se não afeta a imparcialidade, o que é uma questão relacionada aos fins do processo. Para isso, se analisará previamente o conceito de imparcialidade e suas diversas definições.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ABEL LLUCH, X., Iniciativa probatoria de oficio en el proceso civil, Barcelona 2005.

ARIAS DOMÍNGUEZ, A., La abstención y la recusación de jueces y magistrados, Madrid 1999.

BADARÓ, G. Ônus da prova no processo penal. São Paulo, 2003.

BADARÓ, G. Juiz Natural no Processo Penal. São Paulo, 2014.

BACHMAIER WINTER, L. (ed.), Proceso penal y sistemas acusatorios, Madrid 2008.

BACHMAIER WINTER, L. Imparcialidad Judicial y Libertad de Expresión de Jueces y Magistrados. Las recusaciones de Magistrados del Tribunal Constitucional, Cizur Menor, 2008.

BACHOF, O., Grundgesetz und Richtermacht, Tübingen 1959.

BAILEY, S.H., CHING, J., GUNN, M., y ORMEROD, D., Smith, Bailey & Gunn on the Modern English System, London 2002

BAUR, F., Justizaufsicht und richterliche Unabhängigkeit, Tübingen 1954.

BETTERMANN, K.A., “Vom Sinn und von den Grenzen der richterlichen Unabhängigkeit”, en Die Unabhängigkeit des Richters, Köln 1969, p. 53.

CALAMANDREI, P., Processo e democrazia, Padova 1954.

CALAMANDREI, P., Proceso y democracia, Buenos Aires 1960.

CAPPELLETTI, M., “Fundamental Guarantees of the parties in the civil proceedings (General Report) Cappelletti, en Fundamental Guarantes (con D. Tallon), Milano 1972.

CARNELUTTI, F., Diritto e processo. Trattato del processo civile, Napoli 1958.

CARNELUTTI, F., Sistema di diritto processsuale civile, t. IV, Padova 1936.

COTTA, S., “L’istituzione giudiziaria tra diritto e politica”, Riv. Diritto Civ., 1984-I, p. 430.

COUTINHO, J. Introdução aos princípios gerais do direito processual penal brasileiro. Revista de Estudos Criminais, São Paulo, n. 01, p. 26-51, 2001.

COUTINHO, J. O papel do novo juiz no processo penal. In: COUTINHO, Jacinto Miranda (coord.). Crítica à Teoria Geral do Direito Processual Penal. Rio de Janeiro, 2001.

DAMASKA, M., The faces of justice and state authority. A comparative approach to legal process, New Haven 1986.

DAMASKA, M., Evidence Law Adrift, New Haven 1997.

DAMASKA, M., “Truth in Adjudication”, (1998) 49 Hasting Law Journal, p. 289.

DÍAZ CABIALE, J.A., Principios de aportación de parte y acusatorio: la imparcialidad del juez, Granada, 1996.

ESPARZA LEIBAR, I., El principio del proceso debido, Barcelona 1995.

FARANDA, C., La capacità del giudice, Milano 1958.

FAZZALARI, E., “La imparzialità del giudice”, Riv. Dir. Proc., 1972.

FERRER BELTRÁN, J., Prueba y verdad en el Derecho, Barcelona 2005.

FERRER BELTRÁN, J., “Los poderes probatorios del juez y el modelo de proceso”, Cuadernos Electrónicos de Filosofía del Derecho, núm. 36 (2017), pp. 88-108.

GIMENO SENDRA, V., “Poder judicial, potestad jurisdiccional y legitimación de la actividad judicial”, Rev. Dcho. Proc., 1978, p. 336.

GOLDSCHMIDT, W., “La imparcialidad como principio básico del proceso”, Rev. Dcho. Proc., 1950-2, pp. 186-187.

GRINOVER, A. A marcha do processo. Rio de Janeiro, 2000.

GUZMÁN, N., La verdad en el proceso penal. Una contribución a la epistemología jurídica, Buenos Aires 2006.

HOBGOOD, H.H., “When should a trial judge intervene to question a witness?”, 3 Campbell Law Rev. (1981), pp. 69-76.

ILLUMINATI, G., “El sistema acusatorio en Italia”, en L. Bachmaier Winter (ed.) Proceso penal y sistemas acusatorios, Madrid 2008, pp. 135-160.

JIMÉNEZ ASENSIO, R., Imparcialidad judicial y derecho al juez imparcial, Cizur Menor, 2002.

KUIJER, M., The Blindfold of Lady Justice. Judicial Independence and Impartiality in Light of the Requirements of Article 6 ECHR, Leiden 2004.

LANGER, M. “In the Beginning was Fortescue: On the Intellectual Origins of the Adversarial and Inquisitorial Systems and Common and Civil Law in Comparative Criminal Procedure” en B. Ackerman, K. Ambos y H. Sikiric (eds.), Visions of Justice, Liber Amicorum Mirjan Damaska, Berlin 2016, pp. 273-299.

LOPES JR., A. Direito Processual Penal. 9a ed. São Paulo, 2012.

LÓPEZ AGUILAR, J.F., La justicia y sus problemas en la Constitución: justicia, jueces y fiscales en el Estado Social y Democrático de Derecho, Madrid 1996.

MAYA, A. Imparcialidade e Processo Penal da Prevenção: da competência ao juiz das garantias. Rio de Janeiro, 2011.

MONTERO AROCA, J., Independencia y responsabilidad del juez, Madrid 1990.

MONTERO, J., Sobre la imparcialidad del juez y la incompatibilidad de funciones procesales, Valencia 1999.

PICÓ i JUNOY, J., “Reflexiones en torno a la cuestionada iniciativa probatoria del juzgador penal”, Revista Justicia 1-1996.

PICÓ i JUNOY, J., El juez y la prueba. Estudio de la errónea recepción del brocardo iudex iudicare debet secundum allegata et prbata non secundum conscientiam y su repercusión actual, Barcelona 2007.

PRADO, G. Sistema Acusatório. A conformidade constitucional das leis processuais penais. 4a ed. Rio de Janeiro, 2006.

RAWLS, J., A Theory of Justice, Oxford 1999.

REID, K., A practitioner’s Guide to the European Convention on Human Rights, London 2008.

REQUEJO PAGÉS, J. L., Jurisdicción e independencia judicial, Madrid 1989.

RIEDEL, J., Das Postulat der Unparteilichkeit des Richters, Berlin 1980.

SAAD, M; MALAN, D. Origens históricas dos sistemas acusatório e inquisitivo. Revista dos Tribunais, v. 842, p. 413-435, 2005.

SERRA CRISTÓBAL, R., La libertad ideológica del juez, Valencia 2004.

SIMON, D., La independencia del Juez (trad. de C. Ximénez-Carrillo), Barcelona 1985.

SLAPPER G./ KELLY, D., Sourcebook on the English Legal System, London 2001.

STEMMLER, C., Befangenheit im Richteramt. Eine systematische Darstellung der Ausschließungs- und Ablehnungsgründe unter Berücksichtigung des gesetzlichen Richters als materielles Prinzip, Tübingen 1975.

TARUFFO, M., La prova dei fatti giuridici: nozioni generali, Milano1992.

VALLDECABRES ORTIZ I., La imparcialidad del Juez y medios de comunicación, Valencia 2004.

VALLINES GARCÍA, E., Instrumentos para garantizar la imparcialidad e independencia de los jurados, Cizur Menor, 2008.

VASCONCELLOS, V. Sistemas Processuais Penais: as contribuições das visões histórica e de direito comparado para o desvelamento da essência acusatória. Revista de Estudos Criminais, v. 58, p. 127-152, 2015.

VASCONCELLOS, V. O 'Sistema Acusatório' do Processo Penal Brasileiro: Apontamentos Acerca do Conteúdo da Acusatoriedade a partir de Decisões do Supremo Tribunal Federal. Direito, Estado e Sociedade, n. 47, p. 181-204, jul./dez. 2015. http://dx.doi.org/10.17808/des.47.604

VIVES ANTÓN, T.S., Comentarios a la Ley de medidas urgentes de reforma procesal. La reforma del proceso penal, Valencia 1992.

WASSERMANN, R., Die richterliche Gewalt. Macht und Verantwortung des Richters in der modernen Gesellschaft, Heidelberg 1985.

ZILLI, M. A Iniciativa Instrutória do Juiz no Processo Penal. São Paulo, 2003.

Publicado

17.06.2018

Edição

Seção

DOSSIÊ: Sistemas processuais penais e imparcialidade judicial

Como Citar

Bachmaier Winter, L. (2018). Editorial dossiê “Sistemas processuais penais e imparcialidade judicial”: Imparcialidade e prova no processo penal – reflexos sobre a iniciativa probatória do juiz. Revista Brasileira De Direito Processual Penal, 4(2), 501-532. https://doi.org/10.22197/rbdpp.v4i2.169