Substantial Truth and the Impossibility of Conviction after Manifestation of the Public Prosecutor's Office for Acquittal

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22197/rbdpp.v3i3.81

Keywords:

Article 385, Substantial truth, Acquittal, Public ministry, Adversarial System.

Abstract

This paper defends the thesis that the criminal conviction of an accused after a plea of acquittal by the Public Prosecutor's Office in final arguments offends not only the accusatory principle, but also the right to an adversarial process. It is known that we already have an advanced debate on the constitutionality of article 385 of the Criminal Procedure Code, which treats the MP's final allegations as mere opinion and which allows the judge to convict the defendant even when the prosecutor requests the acquittal, so this article intends to contribute to the issue by demonstrating that this legal possibility has on its ground the substantial truth principle, unsustainable both from the epistemological and the political-juridical point of view. It is a fact that the accusatory principle prohibits the judge from replacing the accusation when it abandons any accusatory narrative capable of sustaining any conviction.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Rafael de Deus Garcia, Universidade Federal de Lavras – Lavras/MG
    Mestre e graduado em Direito pela Universidade de Brasília. Professor de Direito Penal e de Processo Penal na Universidade Federal de Lavras.

References

ARAS, Vladimir. O art. 385 do CPP e o juiz inquisidor. Disponível em <https://vladimiraras.blog/2013/05/25/o-art-385-do-cpp-e-o-juiz-inquisidor/>. Acesso em: 13 mar. 2017.

BUENO, Carlos Manoel. Código de Hamurabi, Manual dos Inquisidores, Lei das XII tábuas, Lei de Talião. 2ª ed. São Paulo: Leme, 2015.

BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal. 4ª ed. São Paulo: RT, 2016.

BALKER, Joanne. 50 ideias de física quântica que você precisa conhecer. 1ª ed. São Paulo: Planeta, 2015.

CASARA, Rubens R. R. Mitologia processual penal. São Paulo: Saraiva, 2015.

CARNELUTTI, Francesco. As misérias do processo penal. 3ª ed. Leme/SP: Edijur, 2015.

DUCLERC, Elmir. Direito processual penal. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2008.

KANT DE LIMA, Roberto. Sensibilidades jurídicas, saber e poder: bases culturais de alguns aspectos do direito brasileiro em uma perspectiva comparada. Anuário Antropológico, v. 2009, nº 2, p. 25-51, 2010.

KHALED JUNIOR, Salah Hassan. A busca pela verdade no processo penal: para além da ambição inquisitorial. 2ª ed - Belo Horizonte, MG: Letramento: Casa do Direito, 2016.

FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão: Teoria do garantismo penal. 4ª ed. São Paulo: RT. 2014.

FREIRE JÚNIOR, Américo Bedê. Da Impossibilidade do Juiz Condenar Quando Há o Pedido de Absolvição Formulado pelo Ministério Público. Boletim do IBCCRIM, nº 152 – julho 2005.

JARDIM, Afrânio Silva. Garantismo no processo penal merece breve (e parcial) reflexão. Conjur. 2014. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2014-jul-08/afranio-jardim-garantismo-processo-penal-merece-reflexao>. Acesso em: 01 abril. 2017.

KIRCHNER, Felipe. A Utopia da Verdade Real: compreensão e realidade no horizonte da hermenêutica filosófica. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 80, p. 119-149, 2009.

LOPES JÚNIOR, Aury. Por que o Juiz não pode condenar quando o Ministério Público pedir a absolvição? 2014. Disponível em <http://www.conjur.com.br/2014-dez-05/limite-penal-juiz-nao-condenar-quando-mp-pedir-absolvicao>. Acesso em: 13 mar. 2017.

LOPES JR., Aury. Fundamentos do processo penal: introdução crítica. 2ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2016.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. 3ª ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2006.

MORAIS DA ROSA, Alexandre. Guia Compacto do Processo Penal conforme a Teoria dos Jogos. Florianópolis: Empório do Direito, 2016.

OST, François. O Tempo do Direito. Tradução Élcio Fernandes. São Paulo: Edusc, 2005.

PINTO, Felipe Martins. A Inquisição e o Sistema Inquisitório. Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 56, p. 189-206, jan./jun. 2010

PRADO, Geraldo. Sistema acusatório. 3ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.

QUEIROZ, Paulo de Sousa. Pode o juiz condenar sem que haja pedido de condenação? Empório do Direito. 2016. Disponível em: <http://emporiododireito.com.br/pode-o-juiz-condenar-sem-que-haja-pedido-de-condenacao-por-paulo-de-souza-queiroz/#_ftn5>. Acesso em: 13 mar. 2017.

VARGAS, Beatriz. O real da narrativa e a narrativa do real. In: BONATO, Gilson (org). Processo Penal, Constituição e Crítica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011. p. 139-148.

THEODORO JÚNIOR, Humberto.et al. Novo CPC: Fundamentos e sistematização. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal, vol. 1. 34ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

Published

2017-10-14

Issue

Section

Fundamentals of Criminal Procedure

How to Cite

Garcia, R. de D. (2017). Substantial Truth and the Impossibility of Conviction after Manifestation of the Public Prosecutor’s Office for Acquittal. Brazilian Journal of Criminal Procedure, 3(3), 1043-1070. https://doi.org/10.22197/rbdpp.v3i3.81