The Inter-American Court of Human Rights and the Modernization of Penal Enforcement Theory in Brazil: The Example of Double-Counting
DOI:
https://doi.org/10.22197/rbdpp.v11i2.1134Keywords:
Penal Execution; Mass incarceration; Curado Complex; double counting of sentences; exclusion of unlawful state actionsAbstract
In this paper, authors analyze Brazilian prison system, focusing on the resolutions of the Inter-American Court of Human Rights (IACHR) regarding the Curado Penitentiary Complex. In 2018, the Court determined that prison time served in the Curado Complex should be counted double due to inhumane conditions, aiming to alleviate overcrowding and ensure dignity for inmates. The full implementation of this measure, which only occurred in 2022, revealed significant resistance from the local Court. Qualitative approach based on document analysis and theoretical framework is used to identified the responsibility of the Judiciary in mass incarceration and the violation of fundamental rights. It argues for the need for a criminology that considers the Latin American reality, criticizing the inadequacies of Northern theories. The most important outcome is updating the Theory of Penal Execution could be a possibility to minimize the violence of the punitive system, integrating practices that enforce human rights, raise awareness about structural racism, and exclude unlawful state actions.
Downloads
References
ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA 2024. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ano 18, 2024. ISSN 1983 7364. Disponível em: <https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/253>. Acesso em: 2 ago. 2024.
ALMEIDA, S. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
AZEVEDO, R. G.; SINHORETTO, J.; SILVESTRE, G. Encarceramento e desencarceramento no Brasil: a audiência de custódia como espaço de disputa. Sociologias, v. 24, n. 59, p. 264–294, 2022. https://doi.org/10.1590/15174522-103835
AZEVEDO, R. G.; VASCONCELLOS, F. B. Novos discursos, novas práticas? Uma análise das inovações no campo do controle do crime no Brasil. Revista de Estudos Criminais, v. 11, n. 48, p. 35–54, 2013.
BALLESTEROS, Paula K. R. Conselho Nacional de Justiça e gerencialismo penal no Brasil: o poder punitivo sob a lógica da administração da justiça. 2019. Tese (Doutorado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
BENTO, M. A. S. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 25–58.
CACICEDO, Patrick. Ideologia e direito penal. Rio de Janeiro: Revan, 2022.
CACICEDO, Patrick. Direito da execução penal e realidade concreta: elementos para a superação de um paradigma e o enfrentamento do acesso à saúde e mortalidade nas prisões. In: ALMEIDA, Bruno Rotta; PIMENTEL, Elaine; CACICEDO, Patrick (Org.). Saúde e mortalidade no sistema penal: Anais do IV Congresso Internacional Punição e Controle Social, vol. 2. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2023. https://doi.org/10.53071/boo-2023-06-16-648c7f8672ec5
CAMPOS, M. da S. Pela metade: as principais implicações da nova lei de drogas no sistema de justiça criminal em São Paulo. 2015. Tese (Doutorado em Sociologia) – USP, São Paulo, 2015. Acesso em: 11 mar. 2023. https://doi.org/10.11606/t.8.2015.tde-31072015-151308
CARRINGTON, K.; HOGG, R.; SOZZO, M. Southern Criminology. British Journal of Criminology, v. 56, p. 1–20, 2015. https://doi.org/10.1093/bjc/azv083
CARVALHO, Salo de. O papel dos atores do sistema penal na era do punitivismo: o exemplo privilegiado da aplicação da pena. Lumen Juris, 2010.
CNJ. Correição ordinária: relatório geral do mutirão carcerário do Estado de Pernambuco. Brasília: CNJ, 2011. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2011/02/relatorio_final_pernambuco.pdf. Acesso em: 14 jan. 2023.
CNJ. Monitoramento de medidas provisórias da Corte Interamericana de Direitos Humanos: Complexo Penitenciário do Curado. Coord. Mauro Pereira Martins, Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi. Brasília: CNJ, 2023. Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2023/05/relatorio-inspecao-umf-curado-maio23.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2024.
DAVIS, Â. A democracia da abolição: para além do império das prisões e da tortura. Rio de Janeiro: DIFEL, 2019.
DAVIS, Â. Estarão as prisões obsoletas? Rio de Janeiro: DIFEL, 2018.
FERRAJOLI, Luigi; IBÁÑEZ, Perfecto Andrés. Justicia penal y democracia. Jueces para la Democracia, n. 4, p. 3–7, 1988.
FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução à ciência do direito: técnica, decisão, dominação. São Paulo: Atlas, 1988.
FREITAS, F. da S.; VALENÇA, M. A. O direito à vida e o ideal de defesa social em decisões do STJ no contexto da pandemia da Covid-19. Revista de Direito Público, Brasília, v. 17, n. 94, p. 570–595, jul./ago. 2020.
FREITAS, F. da S.; FLAUZINA, A. L. Do paradoxal privilégio de ser vítima: terror de Estado e a negação do sofrimento negro no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 25, n. 135, p. 49–71, set. 2017.
GARLAND, D. A cultura do controle do crime: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Revan, 2008.
HORKHEIMER, Max. Teoría tradicional y teoría crítica. In: HORKHEIMER, Max. Teoría crítica. Buenos Aires: Amorrortu, 2003.
JOSÉ, Caio Jesus Granduque. A construção existencial dos direitos humanos. Curitiba: CRV, 2012. https://doi.org/10.24824/978858042535.2
LIMA, R. K. Cultura jurídica e práticas policiais: a tradição inquisitorial. 1989. Culture juridique et pratiques policières. La tradition inquisitoriale. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 4, n. 10, p. 65-84, 1989.
MARTINS, H. T.; VERSIANI, D. A.; BATITUCCI, E. C. A polícia prende, mas a Justiça solta. Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo, ano 5, n. 8, 2011. https://doi.org/10.31060/rbsp.2011.v5.n1.86
MUNDIM, L. G. R.; DE OLIVEIRA, A. V. Cortes supremas e a herança bülowiana na jurisprudencialização do direito. Revista Eletrônica de Direito Processual, v. 20, n. 3, 2019. https://doi.org/10.12957/redp.2019.40557
PIRES, T.; FLAUZINA, A. Supremo Tribunal Federal e a naturalização da barbárie. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 1211–1237, 2020. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2020/50270
RIVERA BEIRAS, Iñaki. Los derechos fundamentales de los reclusos: la construcción jurídica de unos derechos devaluados. In: CAMPOY CERVERA, Ignacio (Org.). Los derechos de los reclusos y la realidade de las cárceles españolas. Madrid: Dykinson, 2017. https://doi.org/10.2307/j.ctt1zgwjx1.5
ROIG, Rodrigo D. E. Execução penal: teoria crítica. 6. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2022.
SEMER, M. Sentenciando tráfico: o papel dos juízes no grande encarceramento. 2. ed. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2020. https://doi.org/10.53071/boo-2022-07-02-62c04c08bc77b
STRECK, L. L. Hermenêutica e ensino jurídico em terrae brasilis. Revista da Faculdade de Direito UFPR, v. 46, p. 27–50, 2007. https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v46i0.13495
VACANI, Pablo Andrés. Algo más que el tiempo como duración: la entidad qualitativa del espacio de prisión al tiempo de pena. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 83, p. 237–269, mar./abr. 2020.
VACANI, Pablo Andrés. Ejecución penal y determinación cuantitativa de la pena. Derecho Penal Central, v. 2, n. 2, p. 219–265, 2020.
VACANI, Pablo Andrés. Presentación. In: VACANI, Pablo A. (dir.). La indeterminación de la pena en el processo de ejecución penal. Buenos Aires: Ad-Hoc, 2019.
WACQUANT, Loïc. As prisões da miséria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
WOLKMER, Antonio Carlos. Introdução ao pensamento jurídico crítico. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. A questão criminal. Rio de Janeiro: Revan, v. 131, 2013.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. En torno de la cuestión penal. Buenos Aires: Editorial B de F., 2005.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Sistemas penales y derechos humanos en América Latina. San José, Costa Rica, jul. 1983.
Downloads
Published
Data Availability Statement
In compliance with open science policies, all data generated or analyzed during this study are included in this published article.
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Patrick Cacicedo, Érica Babini Lapa do Amaral Machado, Maria Luiza Maranhão Dias Cabral

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As of 2022, articles published in the RDPP are licensed under Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. rticles published until 2021 adopted the Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.